Os Jogos Olímpicos e seu impacto na cidade do Rio de Janeiro

 
O Centro Aquático será desmontado e fornecerá a estrutura para duas piscinas

O Centro Aquático será desmontado e fornecerá a estrutura para duas piscinas

Amanhã é o início oficial das Olimpíadas, com a chegada da tocha olímpica. No Rio de Janeiro, a febre olímpica já vinha subindo significativamente nas últimas semanas.

Atletas, voluntários e pessoal adicional de segurança passando pelas ruas, sinalização especial foi montada e as obras finais estavam em pleno andamento. Há um certo nervosismo no ar e a cidade está no centro das atenções da mídia. Informações de última hora para os visitantes sobre o país e a cidade, como se comportar no Rio para não ser reconhecido como um "gringo". Também foram muito visíveis relatos negativos sobre edifícios inacabados, ou falta de qualidade, e críticas a toda a programação de medidas estruturais, o que beneficia mais os ricos do que as classes mais baixas. 

É verdade, que a indústria de construção brasileira não se caracteriza pela criatividade e qualidade, mas brilha com a inércia e a burocracia. Perde-se a qualidade e a inovação que o Brasil já havia provado uma vez durante a modernidade. Estas revisões diminuem a expectativa, mais do que antes da Copa do Mundo de Futebol de 2014. No entanto, é grande a chance de que desta vez aconteça a mesma coisa de dois anos atrás. Com os primeiros momentos do jogo do Brasil, a festa começou e durou um mês. Também agora, os visitantes vêm para a competição. Nas transmissões de televisão você não vai notar as muitas deficiências. O esporte é o foco e os brasileiros são imbatíveis quando se trata de garantir um bom clima de festa.

A questão é o que resta depois disso. A cidade perdeu o momento, para alcançar as melhorias necessárias. Com os atuais projetos de crise econômica e política, a cidade será melhorada, bem colocada apenas uma vez após os jogos de volta. Até que a cidade volte a prosperar e recuperar as oportunidades perdidas, portanto, levará algum tempo.

Pensando positivamente, estamos encantados com os objetivos alcançados, sem considerar a alta barra de expectativas. O economista e diretor da Universidade FGV Marcelo Neri impulsiona o progresso em números: 2008-2014 os salários dos pobres subiram 5% a 29,3% no indicador de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, caíram de 5,71% para 2:09%, aumento na média dos anos de estudo de 7,91 a 8,67 (de 2008 a 2014). 97,97% dos 5 - 9 anos freqüentam a escola, 44,16% dos 0 - 4 anos assombrando o acervo, metade dos quais públicos, que as mães permitiram que as mães trabalhassem e melhorassem a renda fixa.

O projeto principal com arquitetura de alta qualidade é a renovação urbana da área portuária, Porto Maravilha. Seus pontos de referência, o museu do futuro de Santiago Calatrava e o Museu de Arte do Rio de Janeiro MAR de Bernardes & Jacobsen Architects, atraem centenas de visitantes a cada dia. A antiga praça abandonada Praça Mauá e o centro histórico perfilado estão agora em grande parte animados, mesmo nos fins de semana. Na zona norte, o parque de diversões Madureira do arquiteto Ruy Rezende representa um ganho maciço em qualidade de vida para os moradores locais. O maior parque de skate, as ciclovias e as bacias hidrográficas para crianças são um paraíso para as gerações mais jovens. O parque foi construído em uma área que foi liberada pela empresa de eletricidade Light.

O impacto do Parque Olímpico e da Villa de Atletas em seus aposentos só será revelado após os jogos. A idéia de converter algumas das arenas em escolas ou pavilhões esportivos parece promissora. Estamos ansiosos pela sua conversão e pelo momento em que os Parques Olímpicos estarão abertos ao público.

Até lá, vamos nos inspirar nos desempenhos atléticos. Ficamos atentos ao que acontece na arquitetura.

4 de agosto de 2016

 
Barbara Iseli